É certo que o seu animal também sofre com o tempo quente, e há que garantir que lhe fornece tudo para ultrapassar as vagas de calor. Para conhecer estas necessidades, o Notícias ao Minuto falou com Joana Pereira, médica veterinária do Departamento de Comunicação Científica da Royal Canin Portugal.

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Do inverno para o verão, passamos para uma alimentação mais leve e ainda mais rica em vegetais e frutas. No caso dos animais não acontece o mesmo. A ração que serve ao seu cão ao gato deve ser de qualidade, rica em nutrientes e indicada ao seu tipo – por exemplo, para bebés ou animais esterilizados.

Em qualquer altura do ano, ao mudar a alimentação do seu animal deve ter apenas dois aspetos em consideração: em primeiro lugar, manter a qualidade da ração, para que da mudança não resultem problemas digestivos, e em segundo, fazer uma transição suave para que o gato ou cão não estranhem a mudança de alimento.

Este último ponto deve ser também tido em conta caso viaje com o seu animal. Seja para um hotel ou casa de férias, é possível que a comida no destino seja diferente. A transição gradual entre tipos de comida deve por isso ser tida em conta além de que deve garantir que o animal tem comida à sua disposição durante toda a viagem. Este é o primeiro conselho apontado pela veterinária Joana Pereira para garantir que o animal se mantém confortável mesmo com o tempo mais quente.

Quanto a ‘truques’ para que o animal se mantenha nutrido e confortável, aponta-se a necessidade de manter o cão ou gato hidratados. Neste ponto fundamental, são os gatos que carecem de maior atenção, pela sua tendência em não beber muita água. “Uma boa forma de garantir a ingestão é dar-lhes comida húmida – seja por si só ou como complemento de um alimento seco, a chamada alimentação mista, ou ‘mixfeeding’” aconselha a especialista, que estende a opção também à espécie canina.

Em ambas as espécies, a água deve ser garantida durante todo o dia: no caso dos gatos, tendem a ser mais ativos à noite, quanto aos cães, não podem prescindir da hidratação nos seus passeios diários.

Ainda sobre os passeios, questionou-se se fará mal optar pelo passeio nas horas de maior calor. Segundo Joana Pereira, “o bom tempo é excelente pois convida animais e tutores a passear ao ar livre”. Nestes passeios, importa garantir que leva água limpa e fresca “para irem bebendo e, se possível, molhá-los durante a caminhada para refrescá-los”. “Também é importante que o exercício seja adaptado ao cão, tendo em consideração a sua idade e condição física. Além disso, é preciso deixar o cão descansar quando for necessário”, acrescenta.

Sobre o tipo de água – sempre limpa e natural – “a gelada será uma boa opção para refrescá-los no caso de calor muito intenso, mas deve-se evitar os choques térmicos”, refere a médica veterinária que alerta também para os possíveis sinais de golpe de calor: tremores, respiração rápida, letargia, ritmo cardíaco acelerado, alteração da saliva ou desconforto são possíveis sintomas de desidratação que devem ser resolvidos o mais rápido possível no veterinário.

Por fim, Joana Pereira deixa um alerta aos animais que vivem em ambiente exterior, que por não terem a possibilidade de se refrescar e proteger do calor com ar condicionado, ventoinhas e outros meios de controle de temperatura, notam mais as mudanças de temperatura e por isso a atenção ao se estado de saúde deve conter acompanhamento constante.

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