A renovação de contrato com o FC Porto vem acompanhada de considerável aumento salarial para Marega, que ficou agora ligado ao clube azul e branco até 2021, com a cláusula de rescisão a manter-se nos 40 milhões de euros.

A chamada à titularidade, frente ao Moreirense, era a confirmação plena de que Marega estava mais do que perdoado por Sérgio Conceição do desvario tido no início de agosto, que ditou o seu afastamento do plantel durante 19 dias. E depois de os dragões terem conseguido segurar o maliano, que tentou à força toda mudar-se para Inglaterra, onde o West Ham lhe acenava com um contrato de muitos algarismos, surgiu, ontem, o anúncio oficial da renovação de contrato até 2021.

Curiosamente, a prorrogação do vínculo até ficara alinhavada antes do goleador africano, de 27 anos, ter surpreendido a SAD e a equipa técnica com a divulgada recusa em treinar-se, precisamente na véspera da realização da Supertaça Cândido de Oliveira, primeiro troféu da época conquistado pelos azuis e brancos, após vencerem o Aves por 3-1, e que, naturalmente, Marega não pôde acrescentar ao registo pessoal.

Mas o registo do novo vínculo foi feito somente após o encerramento das janelas de transferências nos países mais tentadores (em Espanha e na Alemanha, nomeadamente, como em Portugal, o mercado fechou no último dia de agosto).
Iria expirar a 30 de junho de 2020 o contrato que vigorava desde janeiro de 2016, mês em que o melhor marcador do FC Porto na edição passada da Liga deixou o Marítimo para aceitar o desafio proposto pelos dragões.

A adição de mais um ano de ligação vem acompanhada por um considerável aumento do vencimento: a manterem-se os valores que circulavam no final de julho, altura em que a SAD lhe acenou com a proposta de renovação, Marega verá triplicado o ordenado. Assim, deixará de constar no lote dos jogadores do plantel azul e branco que menos recebiam, pois passará a receber mensalmente mais de 100 mil euros brutos.

Entre o compromisso celebrado em 2016 e o que passou agora a valer apenas não se alterou o valor da cláusula de rescisão, que se mantém nos 40 milhões de euros. Foi graças a essa blindagem promovida pela SAD que o FC Porto se desembaraçou da concorrência inglesa.