É muito frequente ouvirmos conselhos sobre a quantidade ideal de água que devemos ingerir, mas será que beber muita água faz mal?


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De acordo com a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), é recomendado que cada pessoa beba, idealmente, cerca de dois litros e meio de água por dia. Contudo, beber muita água faz mal a indivíduos cuja dieta seja marcada por um elevado consumo de alimentos ricos em água como, por exemplo, a sopa, a fruta e os legumes.

BEBER MUITA ÁGUA FAZ MAL?

Se, por um lado, pouca causa desidratação, por outro beber muita água faz mal. Porém, o número de pessoas que bebe menos água do que a quantidade ideal é, ainda, superior ao número de pessoas que a ingere em excesso. E a verdade é que sobre este assunto da hidratação ainda há muitos mitos.

Além disso, estima-se que beber muita água faz mal quando se trata de uma quantidade ingerida superior a dois litros por dia, no caso de pessoas que registem situações de insuficiência renal ou cardíaca. Isto acontece devido ao facto de tanto num como noutro caso o organismo não ser capaz de eliminar toda a quantidade de água existente em excesso no corpo, o que leva a outro tipo de complicações, tais como por exemplo:

Inchaço em todo o corpo;
Dificuldade em respirar;
Aumento da pressão arterial;
Desequilíbrio dos minerais na corrente sanguínea.
Com efeito, tendo em conta que nestes casos beber muita água faz mal, o melhor é consultar o médico ou nutricionista para saber qual é a quantidade de água mais adequada para si, ou seja, já tendo em conta os seus hábitos alimentares diários.

ESTUDO EXPLICA PORQUÊ

Embora o consumo excessivo de água não devesse, à partida, constituir um problema em termos metabólicos – isto porque o copo humano está preparado para filtrar e expulsar a água quando esta apresenta uma concentração superior ao necessário e aos níveis normais -, um estudo liderado por Michael Farrell, da Universidade de Monash, na Austrália, mostrou, por meio de ressonâncias magnéticas, que afinal beber muita água faz mal.

Segundo este mesmo estudo, os cientistas acabaram por concluir que o cérebro ativa determinados mecanismos de defesa quando é ingerida uma quantidade excessiva de líquidos.

O que sucede, perante estas situações, é que o cérebro acaba por emitir uma série de mensagens com o objetivo de encerrar a garganta (para impedir a ingestão de água), triplicando o esforço para engolir líquidos. Todavia, este esforço é, muitas vezes, mal interpretado, isto porque é erradamente associado a uma necessidade falsa de beber ainda mais água, o que acaba por agravar, ainda mais, a situação.



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