No caso de contato com peixes venenosos (peixe aranha, niquim, escorpião, arraia, bagre) o seu veneno é termolábil, decompõe-se com o calor. Se não for possível tratamento médico, use água quente com o máximo de temperatura suportável de 30 a 90 minutos, se todo o corpo estiver imerso evita que o veneno se espalhe pelo organismo. A urina, por estar quente, pode ser uma solução imediata (é a técnica utilizada por muitos pescadores quando se encontram em locais remotos). O uso de uma fonte de calor muito próxima do local da picada (cigarro, lume próximo ou outra fonte de calor), pode aliviar muito as dores provocadas pelo veneno e diminuir a sua concentração.
Isto não evita a deslocação a uma unidade hospitalar o mais rapidamente possível.

Rascasso - Goraz - Peixe EscorpiãoClick here to enlarge

Espécie solitária muito vulgar na costa portuguesa vive sobre as rochas, areia ou lodo. Alimenta-se de peixes, crustáceos e moluscos. Se tocar num peixe-escorpião o mais natural é ser injectado pelo seu veneno deve solicitar de imediato ajuda médica e deslocar-se ao hospital mais próximo, em função da zona e espécie pode ser grave ou em alguns casos fatal.


Peixe AranhaClick here to enlarge

O peixe aranha possui junto de cada opérculo branquial um espinho venenoso e três dos raios da primeira barbatana dorsal também são venenosos. É a cor preta desta barbatana que mais facilmente o identifica. A sua picada pode provocar dores intensíssimas. Vive normalmente afastado das praias. mas aparece, de vez em quando, enterrado na areia a poucos centímetros de profundidade. Horas depois de morto ainda mantem o veneno activo. Quando se pesca ao fundo na praia é muito vulgar e geralmente morde em todo o tipo de isco natural. Qualquer pescador incauto que seja picado deve procurar rapidamente ajuda médica, na primeira meia hora podem ser executados algumas acções de modo a aliviar a dor. Primeiros Socorros: 0 tratamento por calor é aconselhado, o veneno destes peixes é termolábil, isto é, decompõe-se sob a acção do calor. A imersão da zona afectada em água à temperatura máxima suportável, ou mesmo a aproximação de um cigarro aceso à menor distância possível, podem ser soluções a aplicar durante a primeira meia hora. Depois de já ter passado algum tempo, o médico poderá receitar analgésicos ou mesmo injecções locais, que atenuarão a dor.


RatãoClick here to enlarge

Habita baías e estuários e por vezes em alto mar. Encontra-se por vezes em grupos. Alimenta-se de crustáceos, moluscos e peixe. A cauda desta raia possui um ou mais espinhos venenosos de bordos serrilhados, capazes de provocar feridas muito dolorosas.


Tremelga Click here to enlarge
Encontrada em fundos macios, geralmente junto a costa mas ocasionalmente em locais mais profundos. Alimenta-se de pequenos peixes e alguns invertebrados. Capaz de infligir um choque eléctrico superior a 200 volts.


MoreiaClick here to enlarge

Espécie nocturna e territorial. Habita em buracos nas rochas ou corais. Alimenta-se de peixes, e cefalopodes. Raramente ataca excepto quando é provocada. Atenção que a mordedura é extremamente perigosa pois não lhe é dificil arrancar a mão ou um braço de um pescador incauto.

TintureiraClick here to enlarge

Espécie oceânica, pode por vezes ser encontrada muito junto à costa em alguns locais. Normalmente encontrada a partir dos 150m. Aparece com frequência nos mares dos Açores, pesca-se utilizando como isco pedaços de carne em sangue Alimenta-se de peixes, pequenos tubarões, lulas e ocasionalmente de aves marinhas. Potencialmente perigosa para o homem.


Barracuda Click here to enlarge

Encontrado junto a costa e em alto mar. Alimenta-se principalmente de peixes, crustáceos e cefalopodes. Espécie extremamente agressiva podendo provocar ferimentos muito graves. A sua carne é tóxica para o ser humano. É pescada ao corrico com sardinha ou peixes e iscos artificiais.