a agência norte-americana pretende pôr esta aeronave a voar até ao final de 2020


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apresentação do avião X-57 Maxwell na base da Força Aérea de Edwards - MIKE BLAKE/REUTERS


A NASA, que é sobretudo conhecida pelos seus lançamentos para o espaço, mostrou a primeira versão do seu primeiro avião totalmente eléctrico, o X-57 Maxwell. A apresentação aconteceu na última sexta-feira no seu laboratório de aeronáutica no deserto da Califórnia, EUA.


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Adaptada a partir de um avião a hélice com um motor duplo fabricado em Itália – o Tecnam P2006T –, o X-57 tem estado a ser desenvolvido desde 2015 e está a menos de um ano do seu primeiro teste de voo nos céus da base da Força Aérea de Edwards, na Califórnia.


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Mas antes de lhe agregarem os dois maiores motores eléctricos (entre os 14 que tem) que irão fazer voar o avião – que são alimentados por baterias de iões de lítio, especialmente concebidas para este engenho –, a NASA achou que o X-57 Maxwell estava pronto para a sua primeira apresentação pública. A agência espacial norte-americana também mostrou um novo simulador que permite aos engenheiros e pilotos sentirem que estão a manipular a versão final deste avião, apesar de a aeronave ainda estar a ser desenvolvida.


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O Maxwell é o último de uma linha de aeronaves experimentais da NASA, que tem sido desenvolvida ao longo de muitas décadas e com diversos propósitos, incluindo o avião supersónico Bell X-1 – o primeiro a ultrapassar a velocidade do som nos anos 40 – e o avião-foguete X-15 – pilotado por Neil Armstrong antes de se ter juntado à equipa da Apolo.


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simulação de voo do X-57 Maxwell - MIKE BLAKE/REUTERS


Enquanto as empresas privadas têm estado a desenvolver aviões e aerodeslizadores totalmente eléctricos há vários anos, o Maxwell da NASA pretende demonstrar que a sua tecnologia respeita as normas padronizadas que podem vir a ser adoptadas pelos fabricantes privados de forma a cumprirem as certificações governamentais. Isto inclui normas padronizadas para a navegabilidade aérea e a segurança, assim como a eficiência energética e o ruído, assinalou Brent Cobleigh, um responsável pelo projecto do Centro Armstrong de Investigação e Voo da NASA.

“Estamos centrados em coisas que podem ajudar toda a indústria e não apenas uma empresa”, disse Brent Cobleigh à agência Reuters. “Por agora, o nosso objectivo é pôr este avião a voar no final de 2020.”


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modelo do X-57 Maxwel - MIKE BLAKE/REUTERS


Na sua fase final de desenvolvimento, o Maxwell terá asas estreitas e com baixo peso. Aí estarão instalados 14 motores eléctricos, e nas extremidades das asas 14 hélices. Doze das hélices mais pequenas serão usadas na descolagem e aterragem, sendo recolhidas na fase de cruzeiro do voo, enquanto as duas hélices maiores funcionarão no modo de cruzeiro.

Devido ao facto de os sistemas dos motores eléctricos serem mais compactos e terem menos partes móveis do que os motores de combustão, eles são mais simples de manter e pesam menos, o que implica menos energia consumida durante o voo, explicou Brent Cobleigh. Também são mais silenciosos do que os aparelhos convencionais.

Um dos grandes desafios que têm pela frente, comum a toda a indústria de equipamentos eléctricos, é melhorar as baterias para que se armazene mais energia, e assim se prolongue o alcance do avião, bem como conseguir recarregá-las rapidamente. Devido às actuais limitações das baterias, o Maxwell está idealizado para ser usado em voos de curta duração, assim como táxi aéreo , e em voos para pequenos grupos de passageiros.





































































in PÚBLICO.pt