trabalho de equipa luso-britânica analisou 27 mil genomas do novo coronavírus de todo o mundo

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o novo coronavírus SARS-CoV-2 - NIAID




Uma equipa de investigadores das universidades do Minho e de Huddersfield (Reino Unido) “comprovou geneticamente” que o novo coronavírus surgiu na China, mas foi a partir da Europa que mais se espalhou para o mundo.

Em comunicado, a Universidade do Minho refere que a conclusão está num estudo que acaba de sair na revista Microorganisms e que analisou 27 000 genomas daquele vírus em todo o mundo.

Os coordenadores do trabalho, Teresa Rito e Pedro Soares, explicam que o vírus SARS-CoV-2 teve um epicentro na China em janeiro de 2020 e “uma só linhagem desse vírus, vinda do Leste asiático, acabou por ter uma disseminação maciça na Europa”, tornando-se no “principal actor da propagação mundial no mês de março”. “Essa linhagem é responsável pela grande maioria dos casos detectados globalmente e espalhou-se inclusive para a origem no Leste asiático”, acrescenta o artigo científico.

Ou seja, sustenta-se que a pandemia foi alimentada principalmente pela sua expansão dentro e fora da Europa. “Parece provável que as proibições globais de viagens na segunda quinzena de março ajudaram a diminuir o número de intercâmbios intercontinentais, especialmente da China, mas foram menos eficazes entre a Europa e a América do Norte até abril, muito depois das proibições impostas”, esclarecem os investigadores.


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os investigadores Teresa Rito e Pedro Soares - DR



A equipa científica envolveu Pedro Soares (investigador do Centro de Biologia Molecular e Ambiental e professor da Escola de Ciências da Universidade do Minho), Teresa Rito e Margarida Correia-Neves (ambas investigadoras do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde, e professoras da Escola de Medicina da Universidade do Minho), além de Maria Pala e Martin Richards (ambos da Universidade de Huddersfield). O trabalho foi co-financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.


A nível global a pandemia de Covid-19 já contabiliza quase 1,2 milhões de mortos, provocados pelos mais de 46 milhões de casos de infecção em todo o mundo. Destes quase 31 milhões já conseguiram recuperar.

Em Portugal, dos 144 341 casos de infecção confirmados, já morreram 2544 pessoas, e 81 771 já recuperaram, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-CoV-2) detectado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.




























































in PÚBLICO.pt