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A par do açúcar, o sal é um dos principais inimigos da saúde humana nos dias de hoje. Esta substância usada comummente como tempero deve fazer parte de uma alimentação saudável e equilibrada, mas a verdade é que as pessoas estão longe de ter moderação. E é aqui que está o grande ‘pecado’.

O consumo elevado de sal é uma das questões que mais inquieta os médicos um pouco por todo o mundo, não fosse este ingrediente a causa número um do aumento dos casos de hipertensão – patologia que, por si só, é capaz de promover o aparecimento de outros problemas de saúde.

Mas há um outro efeito colateral associado ao consumo elevado de sal e que foi agora descoberto pela ciência. Diz um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, que o consumo elevado de sal – seja sob a forma de tempero ou já incluído na composição de alimentos processados – está associado a um maior risco de demência.

Em causa, explica o site espanhol ABC, estão as mudanças no sistema imunitário que o sal provoca, mudanças essas que têm um impacto direto no intestino e que, por isso, podem causar carências na função cognitiva.

Publicado na revista Nature Neuroscience, o estudo contou com experiências feitas em ratos de laboratório e conclui que o consumo elevado de sal suprime o fluxo sanguíneo cerebral quando a mente está em repouso e atrofia ainda a função endotelial, dois fatores que promovem o declínio cognitivo.

Apesar do estudo ter sido levado a cabo em animais, os cientistas norte-americanos apresentaram também dados do impacto semelhante que o consumo elevado de sal tem nos humanos. Embora não tenham avançado com quantidades concretas, é sabido que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Direção-Geral da Saúde é de cinco gramas de sal de cozinha por dia. Atualmente, os portugueses consomem o dobro desta medida.


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