Nordahl Lelandais, o homem de 34 anos suspeito de ter raptado e assassinado a lusodesendente Maëlys, em agosto, numa festa de casamento em França, confessou o crime.

O ex-militar, que está em prisão preventiva, conduziu, nesta quarta-feira à tarde, os investigadores da Polícia ao local onde estará o corpo da menina, de nove anos. Esta manhã, Nordahl Lelandais foi ouvido pelas autoridades judiciais a seu pedido e saiu do interrogatório para ser levado ao sítio onde terá abandonado o corpo da menor.

De acordo com o jornal francês "Le Dauphiné", o suspeito, que confessou os factos, levou os inspetores para um descampado, situado perto da sua residência, a poucos quilómetros do salão de festas onde a menor foi vista pela última vez. No local, estão elementos da polícia científica guiados pelo arguido.

O Ministério Público francês anunciou uma conferência de imprensa para esta tarde, na qual serão divulgados mais pormenores sobre os avanços da investigação.

Maëlys de Araújo desapareceu na noite de 26 para 27 de agosto de 2017, numa festa de casamento, em Pont-de-Beauvoisin, e até hoje o suspeito afastava categoricamente qualquer envolvimento no desaparecimento. Mas todos os indícios apontavam para a sua culpabilidade.

Para além de ter sido encontrado ADN da menor no Audi A3 do suspeito, as imagens de videovigilâncias da aldeia permitiram visualizar o carro de Nordahl, com vulto branco de criança com cabelo castanho no banco do passageiro. Tudo indica tratar-se de Maëlys. Quando Nordahl voltou a passar por aquele local, para regressar ao casamento, já nada estava no banco. Outro forte indício que leva as autoridades a acreditar na culpabilidade do antigo militar é o facto de ter limpo, na manhã seguinte ao desaparecimento, a mala do carro com um poderoso produto químico, habitualmente usado para tirar manchas incrustadas nas jantes dos automóveis. Assegurou à Polícia ter lavado o veículo com a intenção de vendê-lo.




lusa