Vilarinho das Furnas (1971) de António Campos
Protelada durante alguns anos a sentença de morte que havia sido ditada, Vilarinho das Furnas viu, em 1969, chegar a hora da sua destruição, pela construção de uma barragem. Aconchegada no sopé da serra Amarela, e por isso defendida das nortadas frias de Inverno, aninhava-se entre o Rio Homem e a Ribeira do Eido, que lhe irrigavam os campos que, ao longo daquele, se estendiam. Remetida para um sistema de vida comunitária pastoril, único possível para vencer as deficientes condições de subsistência que o local oferecia, Vilarinho das Furnas desapareceu sob o manto das águas frias e límpidas que, durante tantos anos, lhe deram vida...
Uma homenagem ao povo, por quem acompanhou os seus doze últimos meses de existência.
OBRIGADO Companheiro(a) pelo seu trabalho.
Um abraço.